sábado, 29 de janeiro de 2011

Passo-a-Passo para um “Ano Novo Aveludado” – Parte II


[Artigo Publicado na Revista Burda Style Portuguesa do mês de Janeiro (01/2011)]

No seguimento do post anterior – Parte I

7. Após coser o forro ao vestido, devemos segurar os valores de costura, fazendo um pesponto na face direita do forro de aproximadamente 0,5cm da margem (fig. 7 e 8 - avesso).

Fig7Fig8

8. A parte que poderá parecer mais complicada, é a união do forro ao vestido pela cava, que tem de ser feita em duas vezes (fig. 9), sendo necessário golpear as margens, de forma a fazer o pesponto que segura os valores de costura (fig. 10).

Fig9Fig10

9. As pregas do ombro poderiam ter sido feitas de várias formas, conforme os gostos e preferências e do efeito visual que se pretende. Após as experiências, marcando previamente com o auxílio de alfinetes (ou alinhavar), faz-se uns pespontos invisíveis à mão (fig. 11).

10. Os acabamentos das costuras da abertura inferior lateral esquerda e bainha são feitos à mão, com pontos invisíveis. O forro é igualmente cosido com pontos invisíveis ao vestido, para um acabamento mais perfeito, uma vez que ao andar o forro ficará visível (fig. 12).

Fig11Fig12 

E está prontinho!

Agora só falta mesmo mostrar algumas fotos da sessão fotográfica que fiz, com um ambiente a combinar com o tema do vestido…

Aguardem!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Passo-a-Passo para um “Ano Novo Aveludado” – Parte I


[Artigo Publicado na Revista Burda Style Portuguesa do mês de Janeiro (01/2011)]


Portanto, este é o meu passo-a-passo ilustrado da confecção do vestido “para um Ano Novo Aveludado”:

1. Decalcar os moldes com papel vegetal no tamanho correspondente, com igual decalque das marcações auxiliares, nomeadamente da cintura e anca (fig. 2), que são os pontos-guias de união entre os moldes da frente e costas.

Nota: Uma vez que os moldes são assimétricos, estes são colocados sobre uma só camada de tecido e neste caso, sobre o direito do tecido (ou então virar o molde e colocar sobre o avesso do tecido para podermos fazer marcações a lápis à vontade).

2. Para os tecidos utilizados, que são fáceis de trabalhar, não é necessário “passar as marcações”. Para isso, basta deixar margens de costura fixas entre 1 - 1,5 cm (vestido e forro) e, ao coser, regularmo-nos pelo calcador e/ou marcações que estão na base da máquina (fig. 3). Para bainhas deixei 4cm.

Fig2Fig3

 

3. Unir as duas peças, frente e costas e direito com direito, começando por coser as laterais e, por último, o ombro.

4. Relativamente às vistas (ou guarnições) do decote da frente, costas e cava estas foram colocadas sobre o vestido-forro e cosidas respeitando as mesmas margens de costuras referidas anteriormente (fig. 4).

5. Para um acabamento bonito e sem acrescentar volume, utilizei o ponto ziguezague para o remate (fig. 5). Após cosidas as vistas ao forro, une-se a frente e costas das peças do forro (aplicar o passo 3).

Fig4Fig5 

 

6. Com o vestido e o forro prontos, cosem-se estas duas peças uma à outra, colocando sempre direito com direito. Começa-se, numa primeira fase, pelas linhas de decote (fig. 6) e numa segunda fase, pela cava, cosendo-o exactamente sobre o pesponto já existente no forro.

Fig6Fig6b

 

No próximo post segue a Parte II deste passo-a-passo.

Até lá!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Projecto 015/2010 – Vestido “Ano Novo Aveludado” (BWOF 107 01/2011)


[Artigo Publicado na Revista Burda Style Portuguesa do mês de Janeiro (01/2011)]

Em tempo de festa e com o Ano Novo à porta, que tal darmos as boas vindas a 2011 com um modelo à altura da ocasião?

Para a Grande Noite, a minha proposta vai para o modelo da capa da revista do mês de Dezembro (modelo 107, pág. 78).


MODELO:

Capa Revista 11_2010Modelo 107 11_2010 


DESCRIÇÃO:

Este vestido é um modelo de corte assimétrico, de cair fluido, com franzidos no ombro e com uma abertura inferior na lateral esquerda, para facilitar os movimentos.

Para este vestido escolhi um tecido semelhante ao sugerido pela revista: uma malha aveludada em tons de roxo, cor esta que está bastante na moda, e para forro uma malha jersey fina, ambos com elasticidade.


MATERIAIS:

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- Malha Aveludada
- Malha Jersey fina (para forro)
- Linhas de coser

Nota: Inicialmente comprei um fecho invisível mas apercebi-me que não seria necessário, uma vez que o tecido tem elasticidade e o modelo tem abertura suficiente para se poder vestir.

Gostaria de referir que não segui à risca as instruções da Burda, até porque à medida que vamos confeccionando as roupas, vamos sentindo a necessidade de adaptar os procedimentos e técnicas descritas ao tipo de tecidos que estamos a costurar, mas o que interessa é que o resultado final seja o mesmo e/ou o desejado.

 

No próximo post pretendo publicar o passo-a-passo da confecção do Vestido  “Ano Novo Aveludado”, conforme publicado na Revista Burda Style Portuguesa de Janeiro.

Até lá!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Saber A~Mar

 

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Um vestido simples, prático, fácil e rápido de se fazer, ideal para a praia e levar para as férias de Verão.

Adorei o resultado do vestido, principalmente o folho decorativo em vermelho e do elástico na bainha que lhe deu aquele “efeito de tulipa”


[Foto do vestido publicada na rubrica “Fui eu que fiz!” da
Revista Burda Style Portuguesa do mês de Novembro (11/2010)]

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Resumo da Confecção do Projecto 014/2010 – Vestido Tubo

Como vantagem desta técnica alternativa, em detrimento da apresentada na Túnica Gucci Style (colocação do elástico na bobine) é

- o facto de cosermos sempre a direito, sem que o tecido seja imediatamente franzido, assim, quando estamos a fazer as paralelas de elástico, não existe a necessidade de esticar o tecido, o que torna o processo mais fácil e rápido de fazer;

- temos um maior controlo sobre a quantidade de tecido que vamos franzir e facilmente alargamos ou apertamos (na primeira técnica temos de testar quantos centímetros ficam após franzir para obtermos a largura pretendida);

Por outro lado, a desvantagem desta técnica é

- o facto de haver desperdício de elástico, porque ao puxar as pontas para franzir, ficamos com excessos que têm de ser aparados,

De momento, foram estas as vantagens e desvantagens que identifiquei da utilização da técnica alternativa para franzidos elásticos.

Espero que tenham gostado deste projecto!


E agora… Mais um projecto ambicioso e aveludado… aguardem pela apresentação!

Até breve!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Técnica Alternativa para Franzidos Elásticos


Como vos falei no post anterior, hoje vou descrever o passo-a-passo da confecção do Vestido Tubo, utilizando a metodologia descrita na revista Burda, que é uma alternativa à metodologia utilizada e já publicada na Túnica Gucci Style.

Técnica Alternativa para Franzidos Elásticos / Elastic Gathers Alternative Technique:

Esta técnica consiste em coser com o ponto ziguezague por cima do elástico rolinho, sempre no avesso do tecido.

Para isso, aproveitei para utilizar um calcador especial, o calcador para bordar fios múltiplos (multi cording presser foot), que também é excelente para aplicar os franzidos com elástico rolinho, uma vez que dá-nos uma maior estabilidade do elástico à medida que vamos efectuando o ponto ziguezague por cima deste.

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1 – Medimos a altura de peito onde queremos que sejam aplicados os franzidos elásticos (relembro que eu decidi não partir em duas partes o vestido, optando por uma largura igual, tanto na parte superior, como na parte inferior - ver post anterior);

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2 – Após definida a altura, fazemos a marcação das distancias entre cada fila de franzidos (conforme o gosto de cada um). Para isso usei a uma caneta Vanishing Fabric Marker, que é uma caneta especial para marcações em tecido e que desaparece ao fim de algumas horas.

Nota: o tempo de duração das marcações com este tipo de caneta, depende do tipo de tecido, por isso é aconselhável testar primeiro num bocado de tecido.

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3 – Depois é só seguir as marcações (a tracejado) efectuadas com a caneta, posicionando o elástico sobre as mesmas, e coser com o ponto ziguezague elástico. Convém regular previamente o comprimento e a largura do ponto de forma a não prender o elástico e deixá-lo correr dentro do ziguezague.

Nota: o ponto ziguezague elástico é aquele ponto em que alternadamente faz um ziguezague mais largo e outro mais curto, conforme podem ver na foto

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4 – Após concluirmos todas as filas de franzidos, já podemos começar a franzir, puxando de cada lado do tecido os elásticos até ficarmos com a largura pretendida. Depois aparamos o excesso de elástico, fazemos a costura das costas (o tubo), direito com direito e por fim, rematamos os elásticos com nós.

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Adicionalmente:

- Acrescentei um folho decorativo com tecido em jersey liso vermelho (o meu toque pessoal);

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- e um elástico de apróx. 1cm de largura, em cima para segurar melhor, uma vez que o vestido é cai-cai e na bainha um elástico de aprox. 1,50 – 2,00 cm para fazer o “efeito tulipa” no vestido.

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Espero que tenham gostado das dicas e de algumas ideias fáceis que vos mostrei aqui e que podemos aplicar em muitos projectos até mesmo em renovação/transformação de roupas.

Prontos para a sessão de fotos?

Então fiquem atentos! Até lá!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Projecto 014/2010 – Vestido Tubo


[Foto do vestido publicada na rubrica “Fui eu que fiz!” da Revista Burda Style Portuguesa do mês de Novembro (11/2010)]

Um vestido ideal para a praia ou fins-de-semana, para um look com “aroma a férias”!

Um projecto que teve como inspiração base o modelo 105 da revista burda do mês de Julho, mas muito mais simplificado.


INSPIRAÇÃO:

Modelo 105 07_2010Modelo 105 07_2010 (technical design)


DESCRIÇÃO:

Este vestido em malha jersey é dos mais simples que se podem fazer, tendo como molde base um tubo de tecido, no sentido literal da palavra.
O segredo da beleza desde vestido está na determinação da largura/roda pretendida (qb) e dos franzidos elásticos, uma técnica que esteve muito na moda no Verão que passou.

(Recordam-se da minha Túnica Gucci Style?)


Simplificação do modelo base para inspiração:

1 – Eliminei a costura entre a parte superior, onde se aplica os franzidos elásticos, da parte inferior do vestido;

2 – Eliminei as costuras laterais, ficando apenas uma costura central nas costas, ou seja, um "tubo perfeito” (como o tecido tem padrão, não se percebe onde está a costura);

3 – Não houve necessidade de traçar qualquer molde, uma vez que só foi necessário definir a largura desejada, cortar o tecido e ficamos com um rectângulo perfeito para dobrar ao meio e transformá-lo num tubo.


MATERIAIS:

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- Tecido malha jersey
- Linhas de coser
- Elástico rolinho

No próximo post irei colocar o passo-a-passo da confecção deste vestido, onde usei outra técnica para fazer os franzidos elásticos e que produz o mesmo efeito.

Portanto, estejam atentos!

Até lá… aproveito para desejar um Excelente 2011!